A
Jornada Nacional de Lutas reúne uma série de manifestações que estão
ocorrendo nas principais capitais do país. Os jovens, representantes de
diversos movimentos, entregaram uma pauta de reivindicações, assinada
por 43 entidades, que será encaminhada à presidenta Dilma Rousseff. A
expectativa é de que a presidenta receba o grupo ainda esta semana para
discutir as demandas, que incluem, entre outros pontos, a necessidade de
investimento na área da educação pública, com a destinação de 10% do
PIB, 50% do fundo social do Pré-sal e 100% dos royalties do petróleo
para o setor.
Durante o encontro, o ministro Gilberto Carvalho parabenizou os jovens
pela conquista de uma agenda unificada, que deixou de lado as diferenças
para focar nas questões que são de interesse comum da juventude
brasileira. Um dos itens destacados foi a importância da aprovação do
Estatuto da Juventude, que poderá ser votado nesta quarta-feira (3/4),
em caráter de urgência, no Senado Federal. A secretária Severine Macedo
está participando de todas as discussões em torno do texto, a fim de
buscar um consenso para o documento que, segundo ela, é fundamental para
consolidar as políticas públicas de juventude. Ela também afirmou que a
Jornada sinaliza um momento histórico, ratificando o protagonismo
juvenil e o papel que os jovens devem desempenhar no processo de
desenvolvimento do país.
Entre outros pontos da pauta, o grupo ressaltou o enfrentamento à
violência contra os jovens negros, que motivou a criação do Plano
Juventude Viva, lançado pelo governo federal no final do ano passado, em
Alagoas, e que deverá ser estendido a outros estados este ano. Foram
mencionados, ainda, a necessidade de valorização do trabalho no campo, a
garantia de trabalho decente para a juventude, a reforma política e a
democratização da comunicação.
Na sua fala o secretário nacional da JPT, Jefferson Lima, ressaltou o
momento importante para esta reunião depois de uma grande marcha das
juventudes e apresentou as 3 prioridades pautas: A aprovação imediata do
Estatuto da Juventude, o debate sobre o importante programa Juventude
Viva e a luta contra o extermínio da juventude e a necessidade de
avançar na reforma política no Brasil.
A Marcha de Brasília reuniu cerca de cinco mil pessoas, entre
estudantes, jovens do campo, trabalhadores, feministas, juventudes
partidárias e ecumênicas, coletivos LGBT, de cultura, meio ambiente e
das periferias, entre outros segmentos. A Jornada já passou por São
Paulo, Fortaleza, Manaus, Curitiba e chegará a outras capitais, como
Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Curitiba e Porto
Alegre, até o final de abril.
Participaram da reunião no Palácio do Planalto representantes da União
Nacional dos Estudantes (UNE); Confederação Nacional dos Trabalhadores
da Agricultura (Contag); Central Única dos Trabalhadores (CUT); Central
dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB); Rede da Juventude
pelo Meio Ambiente (Rejuma); Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra
(MST); Levante Popular da Juventude; União Brasileira dos Estudantes
Secundaristas (UBES); Marcha Mundial das Mulheres; Fora do Eixo; Centro
Acadêmico Gama Filho; Conselho Nacional de Juventude; Juventude do PT e
do PMDB e da União da Juventude Socialista (UJS).
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