"Coerente com sua história, o Partido, que já antes trabalhava
arduamente o tema, de pronto apoiou entusiasticamente a proposta do
Planalto"
Ao propor que a militância do Partido dos Trabalhadores coletasse 1,5
milhão de assinaturas, para que pudesse tramitar no Congresso Nacional o
Projeto de Lei de Iniciativa popular, pela Reforma Política, entendeu o
Diretório Nacional do PT que as imensas dificuldades para que se discutisse e
aprovasse uma verdadeira reforma do sistema político, pareciam intransponíveis.
Pautada no 5 pontos apresentados pela Presidenta Dilma e fruto das
manifestações populares de junho, o tema ganhou um vulto extraordinário. Viu-se
então, a grande mídia controlada pela poucas famílias monopolistas e alguns de
seus articulistas amestrados atacarem violentamente a proposição.
Coerente com sua história, o Partido, que já antes trabalhava arduamente
o tema, de pronto apoiou entusiasticamente a proposta do Planalto. Ao permear o
tema da convocação de uma Assembleia Constituinte Exclusiva, o mundo
conservador veio abaixo. Apareceram “juristas” e “colunistas” de variados
matizes querendo dogmatizar a proposta demonstrando cabalmente o medo por
verdadeiras mudanças.
O velho conservadorismo elitista que tem como porta-estandarte a mídia
conservadora, ficou em polvorosa. Chegaram ao cúmulo de taxar de “golpe” a
proposta de reforma política, pecha que poderia pegar se não fossem eles os
verdadeiros protagonistas de golpes de estado e de golpes palacianos ao longo
da história brasileira.
Continuamos firmes no propósito de democratizar a política brasileira
afastando o peso do poder econômico nas eleições e buscando trazer equidade na
disputa, por isso, a nossa proposta de Financiamento Público Exclusivo.
Não aceitamos a sub-representação das mulheres no parlamento brasileiro,
cujo percentual de participantes é menor do que o do Irã. Queremos o
fortalecimento e valorização do partidos políticos, raiz da nossa proposta de
Lista Partidária Fechada.
Quanto ao Plebiscito, insistiremos na sua implementação. Não entendemos
o medo que os setores da política tradicional e da mídia tem da participação
popular. Está claro que, acostumados à lógica dos chamados pactos de elites e
das transições e transações conservadores, queiram enganar o povo com mudanças
para que nada mude, prática contumaz da elites brasileira.
Ao chamado status quo é deveras necessário manter o financiamento
privado de campanhas por empresas. Não lhes interessa um parlamento
independente e que tenha como pressupostos os estritos compromissos assumidos
com os eleitores. Isso é intolerável!
Por isso arregaçar as mangas, buscar o povo e coletar 1,5 milhão de
assinaturas.
Alberto Cantalice é vice-presidente
nacional e coordenador da Campanha de Reforma Política do PT
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