terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Tucanos boicotam barateamento da tarifa de energia elétrica, denuncia Ferro


No que depender do comando do PSDB, a população brasileira não terá a redução da tarifa de energia elétrica. A afirmação é do deputado Fernando Ferro (PT-PE), a propósito da divulgação, nesta segunda-feira (03), da decisão do conselho de acionistas da CESP (Companhia Energética de São Paulo) de não renovar as concessões de três hidrelétricas, que vencem em 2015, seguindo as regras propostas pelo governo federal na Medida Provisória 579.


“Trata-se de uma resposta contra a iniciativa do governo federal para baixar a conta de luz dos brasileiros’’, criticou Ferro. “É uma tentativa de criar um movimento contrário, apostando em outro caminho, que passa pela devolução das concessões ao fim dos contratos em 2015 e pela expectativa de retomada em um novo leilão”.
A CESP é uma das poucas empresas de energia do estado de São Paulo que continuou sob controle estatal após o processo de privatização das empresas públicas comandado pelo PSDB, durante o governo FHC (1995-2002).
Agora, como acionista majoritário da CESP, o governo do estado de São Paulo decide não aceitar as condições de antecipar renovação das concessões, optando pela devolução das concessões em 2015 quando vencem os contratos. A negativa da CESP pode ser vista como uma pedra no caminho para o barateamento da energia.
A proposta do governo federal de reduzir as tarifas – na média de 20,2%, para consumidores residenciais e industriais – insere-se no processo de renovação dos contratos. A presidenta Dilma Rousseff defende o estrito cumprimento dos contratos: investimentos já amortizados devem ser expurgados da composição das planilhas.
Hidrelétricas e linhas de transmissão, em alguns casos, já foram pagas duas vezes pelos consumidores. Manter a prática atual significa continuar bancando altos lucros de empresas do setor, algumas passadas a preço de banana à iniciativa privada no período FHC, que mudou regras e garantiu aumento espetacular das tarifas.
A proposta de Dilma baseia-se no novo modelo para o setor, formulado durante o governo Lula, e que tinha, entre os principais objetivos, propiciar segurança no abastecimento e a modicidade tarifária. Corrigiram-se os erros do modelo neoliberal tucano, que privatizou o setor e gerou um apagão em 2001 que, por mais de um ano, deixou os brasileiros nas trevas. Foram adotados novos paradigmas. Agora, é mais um passo para a consolidação do novo modelo, mas o PSDB, conforme lembrou Fernando Ferro, age em defesa dos interesses privados e dos operadores do mercado financeiro, em detrimento dos interesses da maioria da população.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentários anônimos que o blog julgar comprometedores não serão postados. Seja educado