O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, apresentou ontem (31) previsão de fechamento de investimento deste ano, de R$ 2,2 bilhões, para a assistência oncológica.
O Sistema Único de Saúde (SUS) está ampliando em 22% os recursos para assistência oncológica no país. O Ministério da Saúde deve fechar este ano com investimento de R$ 2,2 bilhões no setor – em 2010, o valor foi de R$ 1,8 bilhão. Esse aumento de investimento serviu para ampliar e qualificar a assistência aos pacientes em hospitais públicos e privados que compõem o SUS, especialmente para os tipos de câncer mais frequentes, como fígado, mama, linfoma e leucemia aguda. Em relação a 1999, quando foi definido o atual formato do atendimento oncológico no SUS, o valor quadruplica.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, apresentou a estimativa de investimento deste ano em entrevista nesta segunda-feira (31), em Brasília. A quantidade de procedimentos e de cirurgias oncológicas aumentou nos últimos anos. Em 2003, por exemplo, houve 19,7 milhões de procedimentos para o tratamento do câncer no SUS. A projeção para este ano é de 27,8 milhões de procedimentos – aumento de 41%. Já o número de cirurgias deve crescer 40% – foi de 67 mil em 2003 e deve chegar a 94 mil em 2011.
Na coletiva, indagado sobre o diagnóstico de câncer do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro ressaltou: “O presidente Lula, que já enfrentou tantos outros preconceitos, da forma como ele está lidando com o enfrentamento do tratamento, vai superar mais um preconceito, sobre o câncer. Às vezes, as pessoas têm até medo de falar o nome da doença. O câncer tem cura”, ressaltou o ministro. “Mais de 2,5 milhões procedimentos para o tratamento de câncer são feitos por mês no Sistema Único de Saúde. São quase 30 milhões de procedimentos por ano. Muitas pessoas estão se tratando de câncer no país e se curando”.
O ex-presidente Lula teve um câncer de laringe diagnosticado no último final de semana. O tratamento de quimioterapia começaria nesta segunda-feira, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo (SP). O tratamento ao qual o ex-presidente está sendo submetido também pode ser realizado pela população em geral no SUS.
AMPLIAÇÃO DO ATENDIMENTO – Para ampliar o diagnóstico e o tratamento do câncer de mama e de colo de útero, o Ministério da Saúde está criando 38 novos centros em todo o país, especialmente no interior do Brasil, e renovando 48 outros centros de radioterapia. A medida integra a Rede Câncer, uma das apostas do Ministério da Saúde para integrar e agilizar o atendimento aos usuários do SUS. O SUS dispõe hoje dispõe de 270 centros que realizam tratamento de radioterapia e quimioterapia.
“Combater o câncer é oferecer possibilidade de diagnóstico, de tratamento, mas também combater muitos fatores de risco do câncer. Precisamos aproveitar estes momentos para reduzir o preconceito sobre o câncer, mostrar que o câncer tem cura, que fazer o diagnóstico precoce ajuda a garantir essa cura, mas também mobilizar a sociedade para termos hábitos mais saudáveis e, com isso, reduzir o risco de câncer”, reforçou Padilha, chamando atenção para os fatores de aumento de risco, como o fumo.
Da Agência Saúde.
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